Estamos resolvidos a pregar
apenas a Palavra de Deus. Em grande parte, a alienação das massas ao ouvir o
evangelho se explica pelo triste fato de que nem sempre é o evangelho que ouvem
quando se dirigem aos lugares de culto, e tudo o mais fracassa em fornecer o
que suas almas precisam. Será que você nunca ouviu falar de um rei que fez uma
série de grandes banquetes e convidou muitas pessoas, semana após semana? Ele
tinha um bom número de servos encarregados de servir sua mesa; e, nos dias
marcados, estes saíram e falaram com as pessoas. Mas, de alguma forma, depois
de um tempo a maior parte das pessoas não vinha às festas. O número de
convidados que comparecia era decrescente; a grande massa de cidadãos dava as
costas aos banquetes. O rei indagou e descobriu que o alimento providenciado
não parecia satisfazer os homens que vinham olhar os banquetes e, por isso, não
vinham mais. Ele resolveu examinar pessoalmente as mesas e os alimentos
servidos. Viu muita coisa fina e muitas peças expostas que não eram de seus
armazéns. Olhou a comida e disse: "Mas o que é isso? Como esses pratos
chegaram aqui? Não são do meu suprimento. Meus bois cevados foram mortos, mas
não vejo carne de animais engordados, e sim carne dura de gado magro e faminto.
Os ossos estão aqui, onde está a gordura e o tutano? O pão também é de má
qualidade, onde está o meu que é feito do melhor trigo? O vinho está misturado
com água, e a água não é de um poço limpo".
Um
dos presentes respondeu: "Ó rei, achamos que o povo estaria farto de tutano
e gordura, assim lhes demos osso e cartilagem para pôr seus dentes à prova.
Achamos também que estariam cansados do melhor pão branco, por isso assamos uns
poucos em nossas casas, nos quais deixamos o farelo e a casca dos cereais. É
opinião dos doutos que nosso alimento é mais adequado a esses tempos do que
aquele que vossa majestade prescreveu há tanto tempo. Em relação aos vinhos com
borra, o gosto dos homens não é esse na época atual; além disso, um líquido tão
transparente como a água pura é uma bebida leve demais para homens que estão
acostumados a beber do rio do Egito, cujo gosto é do barro que vem das
montanhas da Lua".
Assim,
o rei entendeu porque as pessoas não vinham aos banquetes. Será que esse é o
motivo pelo qual a casa de Deus tem se tornado tão desagradável para uma grande
parcela da população? Creio que sim. Será que os servos do Senhor têm picado
seus restos de miscelâneas e pequenas máculas para com isso fazer uma carne
cozida para os milhões de fiéis, e, por isso, estes se afastam? Ouça o resto da
minha parábola. O rei indignado exclamou: "Esvaziem as mesas! Joguem todo
esse lixo para os cães. Tragam os barões da carne, mostrem minha comida real.
Tirem essas bugigangas do salão e aquele pão adulterado da mesa e lancem fora a
água do rio barrento". Eles fizeram como o rei mandou, e se minha parábola
estiver certa, logo houve um rumor pelas ruas de que verdadeiras delícias reais
eram oferecidas ali, o povo encheu o palácio e o nome do rei tornou-se de
grande excelência por toda terra. Vamos experimentar esse plano. Quem sabe logo
estaremos nos regozijando em ver o banquete do Mestre cheio de hóspedes.
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