domingo, 1 de abril de 2012

Aula 02 - A VISÃO DO CRISTO GLORIFICADO

Aula 02 - A VISÃO DO CRISTO GLORIFICADO:
Textobásico: Apocalipse 1:9-18
“Nãotemas; eu sou o Primeiro e o Último e o que vive; fui morto, mas eis aqui estouvivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno”(Ap1:17,18).

INTRODUÇÃO

João estava preso na ilha dePatmos em decorrência de sua lealdade à Palavra de Deus e ao testemunho deJesus (Ap 1:9). Ele foi arrebatado em Espírito e ouviu por detrás dele uma vozcom a limpidez, volume e timbre de uma trombeta (1:10). Ao voltar-se para quemfalava, João viu “sete candeeiros de ouro”, que simbolizava as sete igrejasdescritas no livro de Apocalipse (Ap 1:11; 1:20). A Pessoa no meio doscandeeiros era semelhante ao Filho do homem, cujas vestes externas eramtalares, isto é, longas como a beca de um juiz (Ap 1:13). Ele estava cingidopelos peitos com um cinto de ouro, que simboliza a justiça e fidelidade do seujulgamento. A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, retratando suaeternidade como o Ancião de Dias(Dn 7:9) e a sabedoria e pureza de suassentenças. Os seus olhos eram como chama de fogo (1:14), que se referem ao seuconhecimento perfeito, discernimento infalível e escrutínio inescapável. Osseus pés eram semelhantes ao bronze polido (1:15), como que refinado numa fornalha;uma vez que o bronze costuma representar julgamento, sua presença aquicorrobora a ideia de que se tem em vista, a cima de tudo, a função judicial deCristo. Sua voz era semelhante às ondas do mar ou a cachoeiras majestosas eassustadoras que descem uma montanha. Tinha na mão direita sete estrelas(1:16), uma representação de poder, controle e honra; Cristo está não apenasentre as igrejas, mas as têm em suas próprias mãos. Da sua boca saía-lhe umaafiada espada de dois gumes, representando a Palavra de Deus(Hb 4:12), que serefere aos veredictos incisivos e precisos acerca de seu povo, como se vê nascartas às sete igrejas. O seu rosto brilhava como o sol ao meio-dia (1:16), como esplendor ofuscante e transcendente da glória de sua divindade.
Esse que João viu é o CristoGlorificado, que se revela não apenas em glória, mas como o Senhor de toda aglória, o qual está entronizado à destra do Pai e apresenta-se como Rei dosreis e Senhor dos senhores (Ap 17:14; 19:16). Ao vê-lo, João prostrou-se aos seuspés como morto. É impossível ver a glória do Senhor sem se prostrar. Temos hojeuma visão do Cristo glorificado?

I. O CRISTO ENCARNADO

Por ocasião de sua primeira vindapara manifestar o evangelho, Jesus não apareceu glorificado. Teve uma vidasemelhante à nossa, e esteve sujeito ao cansaço, à fome, à sede e demaislimitações de um corpo não-glorificado. Precisou comer, dormir, andar, falarcom as pessoas e tocá-las. Por meio de sua encarnação, Ele falou aos judeussobre o plano da salvação. Paulo comenta que Jesus "aniquilou-se a simesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens" (Fp2:7). Nesse momento, Jesus experimentou a humanidade.
Nos primórdios do cristianismo, a igreja foi nuveadacom doutrinas heréticas oriundas do segmento gnóstico. Um desses ensinos falsosera que Jesus não veio em carne, ou seja, esses falsos mestres alegavamque Jesus não havia encarnado, mas que um espírito se apossara do corpo doSenhor por ocasião do seu nascimento ou batismo, retirando-se por ocasião dacrucificação. Os textos de 1João 4:1-3 denotam a existência desses falsosmestres. O apóstolo João, porém, cuidoulogo de refutar esse ensino falso, que pertinaz procurava destruir a fé dosprimeiros cristãos. João chamouesses falsos mestres de “anticristos” - “… muitosse têm feito anticristos…”(1João 2:18). E o pior de tudo é que eles saíram do seio daigreja – “Saíram de nós, mas não eramde nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que semanifestassem que não são todos de nós”(1João 2:19). Esses falsos mestres se haviam infiltrado nacomunidade cristã com o fim de mesclar-se entre os irmãos para perverter adoutrina dos apóstolos. Pareciam cristãos, mas não o eram de fato. Ora, se noinício da Igreja foi assim, quanto mais hoje em que a apostasia é o principaltom.
1. Aencarnação. Todo espíritoque confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus”(1João 4:2). Omais importante não é o fato histórico, ou seja, o fato de que Jesus nasceu nomundo em um corpo humano, mas, sim, a confissão de uma Pessoa Viva, de que JesusCristo veio em carne, a confissão que reconhece Jesus como o Cristoencarnado. Quem o confessa também se prostra diante dele como Senhor de suavida.
Hoje, encontramos muitas pessoas dispostas a dizer coisas aceitáveisacerca de Jesus, mas não a confessá-lo como o Deus encarnado. Dizem que Cristoé “divino”, mas não que é Deus. Menosprezam a glória de Cristo. São, portanto,falsos profetas, falsos mestres.
No início da Igreja, os falsos mestres do gnosticismo negavam tanto a divindadequanto a humanidade de Cristo. Eles negavam tanto a sua encarnaçãocomo a sua ressurreição. Eles negavam tanto a sua concepção virginal quanto asua morte expiatória. Eles separavam o Jesus do Cristo; faziam uma distinçãoentre o Cristo divino e o Jesus histórico. Para eles, o Cristo veio sobre Jesusno batismo e se retirou dele na cruz. João classifica esta posição como heresiae procedente do anticristo.
Não foi o Cristo que veio "para" a carne de Jesus, mas opróprio Jesus era o Cristo vindo "em" carne. Quem negar isto, ouseja, quem negar que Jesus é o Cristo e que Ele veio em carne não é de Deus; énegar que ele seja o nosso Sumo Sacerdote, que nos abre acesso à presença deDeus; é negar que ele seja o nosso Salvador; é negar a redenção do corpo bemcomo a possibilidade do encontro entre o humano e o divino.
Portanto, a doutrina cristã fundamental, que nunca pode sertransigida, é a da Pessoa divino-humana e eterna de Jesus Cristo, o Filho deDeus. Nenhum sistema pode ser tolerado, por mais estrondosas que sejam as suaspretensões ou por mais cultos que sejam os seus adeptos, se negar que Jesus é oCristo vindo em carne, isto é, se negar a sua divindade eterna ou a suahumanidade histórica.
2. O objetivo da encarnação de Cristo. Em Nazaré, a cidade da juventude, Jesus entrou, numsábado, na sinagoga, segundo o seu costume. Lá, Ele levantou para ler asEscrituras do Antigo Testamento. O auxiliar lhe deu o pergaminho no qual aprofecia de Isaias estava escrita. O Senhor estendeu o rolo até a parte queagora conhecemos como Isaías 61, e leu o versículo 1 e a primeira metade doversículo 2: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu paraevangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoarliberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos,a anunciar o ano aceitável do Senhor”(Lc 4:18,19).
Quando Jesus disse “hoje se cumpriu a Escritura que acabamde ouvir”, ele estava dizendo de maneira mais clara possível que era o Messiasde Israel, e o objetivo de sua encarnação. Jesus veio para tratar dos enormesproblemas que têm afligido a humanidade através da história:
·   Pobreza:Levarboas notícias aos pobres”(NTLH). A pobreza não é vista propriamente comoescassez de bens materiais, mas como necessidade da alma. No Sermão da MontanhaJesus proclamou: “bem-aventurados os pobres”. Nesse contexto,pobre é o que tem uma carência espiritual! Por conseguinte, é aquele quereconhece suas verdadeiras necessidades espirituais. E por isso almeja umrelacionamento mais profundo com Deus como o fez o salmista: “Como o cervobrama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! Aminha alma tem sede de Deus, do Deus vivo...”(Sl 42:1,2).
·   Tristeza:Restauraros contritos de coração”(RC). O pecado escraviza e debilita o homem, osquebrantados de coração são aqueles oprimidos e machucados pelo pecado,portanto Jesus veio proporcionar a cura.
·   Escravidão:Apregoarliberdade aos cativos”. Os prisioneiros do pecado sentem medo da morte,sente-se culpado diante de Deus, praticam tudo aquilo que não agrada ao Senhor,motivos estes que conduziram Jesus ao calvário, dando liberdade integral aohomem oprimido pelo pecado. “Se, pois, o Filho do Homem vos libertar,verdadeiramente, sereis livres”(João 8.36).
·  Sofrimento: “Dar vista aos cegos”.Existem cegos fisicamente e cegos espirituais, aqueles que não conseguemperceber a verdade de Deus, como nos mostra as escrituras – “nos quais o deusdeste século (satanás) cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhesresplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus”(2Co4:4). Jesus veio libertá-los desse sofrimento. Ele se apresentou como aresposta para todos os males que nos atormentam. E se pensarmos nesses males emsentido físico ou espiritual, isto também se aplica. Cristo é a resposta.
·  Opressão:Pôr em liberdade osoprimidos”. Isto é, romper os grilhões do mal e proclamar a libertação dopecado e do domínio satânico.
·  Perdição eterna: “anunciar o ano aceitável doSenhor”. Jesus encarnou-se para propiciar o amanhecer de uma novaera para o ser humano: a Salvação da sua alma. A salvação do homem anunciadapelo próprio Senhor Jesus cumpre-se na integra na vida daqueles que dão ouvidosas Escrituras Sagradas e deixam o poder de Deus agir em suas vidas. Ésignificativo que Jesus termina a leitura com as palavras “anunciar o anoaceitável do Senhor”. Perceba que Jesus não acrescentou as palavrasrestantes de Isaias: “... e o dia da vingança do nosso Deus”. O propósitoda sua primeira vinda, da sua encarnação, foi “anunciar o ano aceitável doSenhor”. A atual época da graça é o tempo aceitável e o Dia da salvação. Aovoltar à Terra pela segunda vez, será para proclamar o “Dia da vingança donosso Deus”.

II. O CRISTO HUMILHADO E FERIDO DE DEUS

O capítulo 53 deIsaias é um dos textos mais conhecidos da Bíblia. Neleo profeta dá riqueza de pormenores sobre o sofrimento de Jesus. Após indagarquem havia dado crédito à pregação do Servo do Senhor, apresenta-O sem parecernem formosura, fala que Ele está desprezado e tornado o mais indigno entre oshomens (Is 53:3). Diz que Ele assumiu a posição de vítima no sacrifício,tomando sobre si as nossas enfermidades, as nossas dores. Tornou-se Ele o feridode Deus e oprimido [humilhado] (Is 53:4). Ele foi feridopelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades (Is 53:5),ou seja, assumia a condição da vítima dos sacrifícios da lei, levando a culpado ofertante sobre si (Is 53:6). O profeta afirma que não houve apenassofrimento, mas morte, pois foi levado como cordeiro ao matadouro (Is 53:7),sendo cortado da terra dos viventes (Is 53:8), devidamente sepultado (Is53:9), embora fosse justo. Sua morte representou verdadeira expiação dopecado (Is 53:10), que teria o agrado do Senhor e representaria ajustificação de muitos (Is 53:11), a ponto de levar sobre si o pecado demuitos e de poder interceder pelos transgressores, embora, para tanto,tivesse tido de ser contado com eles (Is 53:12).
Cristo foi humilhado, mas não abriu a sua boca. Diz o profetaIsaias: “Ele foi oprimido [humilhado], mas não abriu a boca; como umcordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seustosquiadores, ele não abriu a boca”(Is 53:7). Esta observação do profetaIsaias acerca do Sofredor paciente ocorre duas vezes neste versículo. Ele nãoabriria a sua boca. Em primeiro lugar, Ele não precisava se defender,visto que nenhuma acusação válida foi feita contra Ele. Em segundo lugar,seu julgamento foi apenas uma farsa judicial conduzida por hipócritas semprincípios, reivindicando motivos piedosos, enquanto naquele exato momentoestavam violando as leis judaicas da jurisprudência; por conseguinte, nenhumadefesa faria diferença. Diante do Sinédrio, Jesus falou somente quando osilêncio significaria uma renúncia da sua divindade e de ser o Messias(Mt26:63,34). Diante de Pilatos, Ele somente falou quando o silênciosignificaria a renúncia da sua realeza. E diante do incestuoso Herodes,o Tetrarca, não falou uma só palavra(Lc 23:9). Como a ovelha muda peranteos seus tosquiadores, assim o nosso Senhor suportou em silêncio a suahumilhação.
É bom ressaltar que o sofrimento de Cristo esua morte na cruz são o ponto central da história. Para lá todas as estradas dopassado convergem; e de lá saem todas as estradas do futuro. Somente conhecemosa Cristo vendo-o na cruz. Somente encontramos Jesus se pudermos vê-lo comoCristo crucificado. Não podemos vê-lo antes da cruz somente, nem depoissomente. Muitos param antes da cruz. Outros tentam encontrá-lo somente comoressuscitado. Muitos evitam a cruz, e assim fazendo rejeitam a Jesus. É bomressaltar que não estamos simplesmente falando do madeiro em si mesmo, mas da“cruz” de Cristo que representa a sua obra redentora mediante sua morte substitutivano Calvário.

III. O CRISTO GLORIFICADO

João tem uma visão do Cristo nasua glória excelsa (Ap 1:13-18): “E, no meio dos sete castiçais, umsemelhante ao Filho do Homem, vestido até aos pés de uma veste comprida ecingido pelo peito com um cinto de ouro”.
E a sua cabeça e cabelos erambrancos como lã branca, como a neve, e os olhos, como chama de fogo”;
“E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como setivesse sido refinado numa fornalha; e a sua voz, como a voz de muitas águas”.
“E ele tinha na sua destra seteestrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto eracomo o sol, quando na sua força resplandece”.
“E eu, quando o vi, caí a seuspés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu souo Primeiro e o Último”;
“E o que vive; fui morto, mas eisaqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e doinferno”.
No versículo 16, veja oque João diz: “E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saíauma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na suaforça resplandece”. O que João vê agora não é mais um Cristo servo,perseguido, preso, esbofeteado, com o rosto cuspido, mas do Cristo cheio deglória, Glorificado. A luz do sol supera o brilho dos candelabros. O que Joãocontempla aqui não é mais um rosto desfigurado, ensanguentado, mas um rosto quebrilha como o sol. Agora não é mais o Cristo humilhado, mas o Cristo exaltado.Não é mais o Cristo torturado pela sede, esbordoado pelos algozes, ferido pelossoldados, mas o Cristo majestoso diante de quem todo joelho se dobra.
Ele disse a João: “fuimorto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves damorte e do inferno”(1:18). Aqui, o Cristo Glorificadomostra a João a sua vitória triunfal. Ele não apenas está vivo, mas está vivo para sempre. Ele não sóressuscitou, ele venceu a morte e tem as chaves da morte e do inferno. Morte,aqui, se refere ao corpo, e o inferno, à alma. A palavra inferno também podeser traduzida por “Hades”, um termo usado para descrever o reino dos mortos e oestado sem corpo. Quando uma pessoa sem salvação morre, a alma vai para esselugar, enquanto o corpo desce à cova. Para o cristão, entretanto, esse estadocorresponde a estar na presença do Senhor; na ressurreição, a alma será reunidaao corpo glorificado e arrebatada à casa do Pai Celestial.
Tanto a morte quanto o Hadesserão lançados no lago do fogo no juízo final (Ap 20:14). Quem tem as chavestem autoridade. Jesus recebeu do Pai toda autoridade no céu e na terra (Mt28:18). Jesus tem não apenas a chave do céu (Ap 3:7), mas também a chave damorte (túmulo). Agora a morte não pode mais infligir terror, porque Cristo estácom as chaves, podendo abrir os túmulos e levar os mortos à vida eterna.
João quando viu o Cristo em sua Excelsa Glória ele nãosuportou, caiu como morto – “E eu, quando o vi, caí a seus péscomo morto”(v. 17). O mesmo João que debruçara no peito de Jesus,agora cai a seus pés como morto. Isaías, Ezequiel, Daniel, Pedro e Paulo (Is 6:5;Ez 1:28; Dn 8:17; 10:9,11; Lc 5:8; At 9:3,4) passaram pela mesma experiência aocontemplarem a glória de Deus. Em nossa carne não podemos ver a Deus, pois elehabita em luz inacessível (1Tm 6:16). É impossível ver a glória do Senhor semse prostrar.
O que a igreja necessita hoje é uma clara percepção deCristo e Sua glória. Necessitamos vê-lo exaltado em Seu alto e sublime trono.Há uma perigosa ausência de admiração reverente e adoração em nossasassembléias hoje. Orgulhamo-nos de nos levantar sobre os nossos próprios pés,em vez de cairmos com o rosto em terra ante os pés do Cristo Glorificado.
1. Ressurreição. Aressurreição é a restituição à vida, ou seja, o retorno à unidade entrecorpo, alma e espírito, que havia quando da vida física. É válido ressaltarque a ressurreição de Jesus foi a primeira ressurreição propriamente dita,porque Jesus ressuscitou em corpo glorificado, para não mais morrer, visto quenão pecou e venceu o pecado e a morte, morte que é o último inimigo a serderrotado(1Co 15:54, 55). Por isso, Jesus foi feito “as primícias dos quedormem” (1Co 15:20). É importante observar que Jesus ressuscitou enquantohomem e, portanto, foi o Deus Pai quem O ressuscitou (At 2:32; 3:15; 4:10;10:40; 13:30,37; Rm 4:24; 1Co 6:14; 15:15; 1Pe 1:21). Com a ressurreição,Jesus foi exaltado sobre todo o nome (Fp 2:9).
A ressurreição deJesus Cristo é a demonstração de que o seu sacrifício foiaceito por Deus (Is 53:10-12), assim como a saída do sumo sacerdote do lugarsantíssimo em vida significava, no tempo da lei, que Deus havia perdoado asiniquidades do povo e que cobrira os pecados por mais um ano (Lv 16:29-34).
A ressurreição deJesus Cristo é a demonstração de que Ele venceu a morte eque, por isso, também nós poderemos nEle vencê-la e alcançar a vida eterna (Rm8:11; 2Co 4:14; Ef 2:6; 1Ts 4:14).
A ressurreição deJesus Cristo é a principal garantia de que devemosaguardá-lo, pois, assim como Ele ressuscitou, como havia prometido, Ele tambémvoltará para arrebatar a sua Igreja e nos livrar da ira futura (1Co 15:51-57;1Ts 1:10).
2. Ascensão. A Ascensão de JesusCristo é a Sua grande coroação como Rei dos reis e Senhor dos senhores. É oevento pelo qual Cristo cumpriu o seu ministério terreno, concluiu suasaparições pós-ressurreição, deixou a Terra, e subiu ao Céu, de onde aguardamoso seu retorno fisicamente, conforme nos garante a Palavra de Deus. À semelhançado que ocorrera no Monte da Transfiguração, o corpo de Cristo foi elevado aosCéus já revestido de glória, poder e celestialidade. Quando da sua segundavinda, teremos um corpo semelhante ao dele (1Co 15:50-58; 1João 3:2).
No Evangelho segundo escreveuLucas é descrito esse fato da seguinte forma: "Então, os levou paraBetânia e, erguendo as mãos, os abençoou. Aconteceu que, enquanto os abençoava,ia-se retirando deles, sendo elevado para o Céu" (Lc 24:50-51 ARA). O Livro de Atos o descreve da seguinte forma: “Ditasestas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem oencobriu dos seus olhos. E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquantoJesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles elhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? EsseJesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir"(Atos 1:9-11 ARA).
Podemos afirmar ainda que aAscensão de Cristo é o término de sua missão vicária e de sua presença visívelna terra. Se o dia da sua crucificação fosse a Palavra final, estaríamosperdidos e nos restaria a confissão de desespero dos discípulos de Emaús:"Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir aIsrael" (Lc 24:21 ARA); seria o triunfo da lei, de Satanás e doInferno. Todavia, Cristo triunfou sobre os poderes das trevas, sobre o pecado,a morte e Satanás. Agora, a cristandade pode confessar alegre e vitoriosamente:"Creio na ressurreição da carne e na vida eterna", pois a ascensão deCristo é a aprovação e a confirmação divina de toda a obra redentora de Cristo,e sua coroação como Rei dos reis e Senhor dos senhores, como Redentor e Juiz devivos e de mortos. Glórias sejam dadas ao Senhor Jesus Cristo!
3. A Segunda Vinda. A Promessa da segunda Vinda de Cristo éa mais importante para a Igreja, é a razão da sua própria fé. Ela é lembrada noNovo Testamento por 318 vezes. É "abem-aventurada esperança" de que trata Tito 2:13. Esse tão aguardadoevento significará, para a Igreja, o ápice de sua peregrinação neste mundo (Mt16:18). Ela representa o último estágio do processo da Salvação, que é aglorificação. Paulo, na sua última epístola, mostra que eraesta a sua esperança, tanto que diz que esperava a coroa que estava reservadanão só a ele, mas a todos quantos amassem a vinda do Senhor (2Tm 4:8), a nosindicar, portanto, que o motivo do bom combate, da guarda da fé e da carreiraaté o fim era o amor à vinda de Jesus.
Em apocalipse 1:7, João faz umadescrição da gloriosa vinda do noivo da igreja para estabelecer o seu reino naterra: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que otraspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!”.É a verdade mais preciosa que contém a Bíblia. Enche o coração do crente degozo e o cinge com força para a batalha. Eleva-o por cima das lutas, temores,necessidades, provas e ambições deste mundo, e o faz mais que vencedor em todasas coisas. W. J. Grier diz que na sua gloriosa vinda, as nuvensserão a sua carruagem; os anjos, a sua escolta; o arcanjo, o seu arauto e ossantos, o seu glorioso cortejo (W.J.Grier. O maior de todos osacontecimentos. Imprensa Metodista. São Paulo, SP).
Na primeira vinda, a glória deCristo não era autoevidente, mas na segunda vinda o será (Mc 14:61). A igrejatriunfa com Ele, enquanto Seus adversários lamentarão (1:7; 6:15-16; Zc 12:10).

CONCLUSÃO

Temos hoje uma visão do Cristoglorificado? Temos honrado o seu glorioso nome? Estamos nos preparando para nosencontrar com Ele, como as virgens prudentes? Nossas lâmpadas estão cheias deazeite?
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD –Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular(Antigo Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Revista Ensinador Cristão – nº 49.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico Beacon – CPAD.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Rev.Hernandes Dias Lopes – Apocalipse – Ofuturo chegou.
Rev.Hernandes Dias Lopes – Ouça oque o Espírito diz às Igrejas.


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